Alunos não sabem pesquisar

Notícias 17 - 22 de novembro de 2010
Você sabe o que é uma enciclopédia? Para os mais velhos essa pergunta pode parecer ridícula, mas para os mais novos... nem tanto. Isso porque os adventos da Internet trazem tantas facilidades que jovens deixaram de lado a pesquisa em livros e, muitas crianças, ainda nem começaram a usá-los.

Um estudo revela que em cada 30 jovens, apenas 1 sabe manusear um livro para pesquisar. Esse resultado não seria grave, uma vez que estamos na “era da tecnologia”, se eles soubessem utilizar o computador e a Internet para tal. Para eles, basta jogar o tema em um buscador famoso, que apresente muitos resultados, como o Google, que a pesquisa está pronta, mas não é bem verdade.



Preocupados com essa questão, algumas escolas estão adotando “aulas de biblioteca”, onde os alunos aprendem a buscar e pesquisar em livros, jornais e revistas. E não pára por aí. Os professores têm reconhecido que também é papel da escola ensinar a pesquisar na Internet e conscientizar sobre direitos autorais, combatendo o plágio. Afinal, a grande solução não é banir o uso de ferramentas tecnológicas nos estudos, mas ensiná-los como buscar informações seguras, com conteúdos atuais e fontes oficiais. Essas aulas podem ser realizadas mesmo fora do laboratório de informática, explicando os princípios da pesquisa e dando dicas de como identificar se as fontes são confiáveis e como utilizar várias fontes sem simplesmente copiá-las.

A Revista Gente Nova dá uma “mãozinha” para resolver o problema, seguem algumas dicas:

1 - Seja preciso no que vai procurar: prepare antes exatamente o que você precisa encontrar (tema). Dentro desse tema, selecione palavras-chave que possam ajudá-lo a ser mais preciso na busca;


2 - Escolha um buscador: o Google não é o único e, nem sempre é o melhor. Quantidade não é sinônimo de qualidade. Filtre bem a sua pesquisa e tente em outros buscadores, livros, revistas, blogs, portais, etc.


3 - Defina resultados úteis: é mui
to importante conseguir selecionar, logo nas primeiras palavras, os resultados de busca que mais se aproximam da sua necessidade;

4 - Busca indireta: alguns temas são difíceis de encontrar ou não temos a palavra ou nome exato que precisamos buscar. Tente colocar um trecho ou frase que você lembre, isso ajuda na localização;


5 - Imagens: Evite utilizar figuras do Google Imagens, provavelmente, elas já foram muito usadas. Se esse for seu únic
o recurso, coloque palavras em inglês ou outros idiomas, para diferenciar um pouco os resultados. O ideal é encontrar sites de imagens gratuitos;

6 - A Wikipedia também não é a única fonte: nem a mais segura. Utilize informações da Wikipedia, mas confirme as informações também em outros locais (livros, sites, revistas, etc).


7 - Fontes seguras: toda fonte é passível de erro. Portanto, prefira as fontes oficiais (sites conceituados, jornalísticos, livros, enciclopédias, etc) e confronte sempre com outra fonte. Quanto mais dados oficiais e informações sobre os responsáveis pelo texto (autor, data, institutos, etc), mais seguro (correto) é. O Google Acadêmico é uma fonte excelente e traz teses oficiais de pesquisadores de várias áreas.

8 - Mantenha o foco: outro grande problema de fazer pesquisas na Internet é a dispersão. É muito fácil se distrair com outras coisas ou temas. Isso faz parecer que você navegou muito tempo e não encontrou nada do que precisava.


9 - Escolha: abra em uma nova aba os sites que selecionou. Faça uma leitura dinâmica nos sites e descarte aqueles que são repetitivos ou não falam diretamente do assunto.

10 - SEMPRE CITE AS FONTES: plágio (cópia) é um crime grave. Pesquisar não. Então, no final de seu trabalho, sempre coloque a “bibliografia” indicando os livros, sites e revistas que serviram de fonte para você.

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