Notícias 31 - 25 de julho de 2011
Um amigo postou no meu Facebook: “Quer deixar um paulistano irado, obstrua a passagem em uma escada rolante”. No dia seguinte, descobri que existem outras boas maneiras de deixar um paulistano bem irado.
Gripada, em uma fase de muito trabalho, acordei atrasada. Peguei o trem no último minuto possível para chegar no horário. E é claro, que justamente nesse dia o trem estava operando com velocidade reduzida. Desci na estação de destino e tinha uma lotação pronta pra sair. Maravilha! Me enfiei apertada no último degrau e cheguei na porta do prédio rapidinho.
Ufa! Faltam três minutos, dá tempo. No elevador, o pessoal pára obstruindo a porta, até achar o botão do andar que deseja descer e meu pézinho começava a bater no chão, como se contasse os segundos. O outro rapaz segura a porta esperando até o último dos moicanos que ainda estava láááááá fora, sem a menor pressa.
Quando todos os bichos entraram na Arca de Noé, o elevador resolveu emperrar a porta. Daí saí correndo e troquei de elevador... espera todo mundo entrar de novo. Mas o último indivíduo, que depois descobri que também seria o último a descer, ficou bem na porta, com a mala atrapalhando o fechamento em todos os andares que o elevador parava (eram 14). Olhei pra baixo, meu relógio marcava 9:00 em ponto! E o meu desespero dizia: “Vai bater o ponto atrasada de novo, mesmo tendo chegado no horário”. E a ira começou a tomar conta pra amargar e apressar todo o resto do meu dia.
Mas me lembrei que um dia desses estava lendo a história das irmãs Marta e Maria. Marta era dedicada, porém sempre muito afobada com os afazeres. Maria, naquele momento, apenas aproveitava a oportunidade e contemplava Jesus. Isso me fez pensar, quantas vezes deixo de aproveitar momentos raros ou sublimes, porque estou apressada?
No caminho, passou uma revoada de maritacas, verdinhas, brincando, mas eu precisava bater o cartão. Alguns colegas estavam indo à padaria, rindo, conversando.. e eu passei por eles correndo e dei apenas um tchau, de longe, sem falar ao menos bom dia, porque eu precisava bater o cartão. Uma amiga querida de trabalho estava se aposentando e não dava pra tomar um café com ela, porque tinha muito trabalho e achava que não dava pra perder um minuto... E quantas outras vezes deixamos de aproveitar até mesmo a presença de Deus, porque estamos muito cansados ou ocupados? Quantas vezes levantei sem nem agradecer pelo dia? Saber que estava ansiosa me fez doer o coração.
De que adiantou o stress no caminho ou no elevador? Os minutos que perder ou atrasar no trabalho, posso sair um pouco mais tarde e compensar. Mas as pessoas, as horas e os momentos que perder da vida, esses não tem compensação. Eles são únicos.
Agora, a cada situação paro e penso: “Estou sendo Marta ou Maria?”.
“E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” (Lucas 10:38-42 - clique aqui)
Crônica por: Claudia Giron
Gripada, em uma fase de muito trabalho, acordei atrasada. Peguei o trem no último minuto possível para chegar no horário. E é claro, que justamente nesse dia o trem estava operando com velocidade reduzida. Desci na estação de destino e tinha uma lotação pronta pra sair. Maravilha! Me enfiei apertada no último degrau e cheguei na porta do prédio rapidinho.
Ufa! Faltam três minutos, dá tempo. No elevador, o pessoal pára obstruindo a porta, até achar o botão do andar que deseja descer e meu pézinho começava a bater no chão, como se contasse os segundos. O outro rapaz segura a porta esperando até o último dos moicanos que ainda estava láááááá fora, sem a menor pressa.
Quando todos os bichos entraram na Arca de Noé, o elevador resolveu emperrar a porta. Daí saí correndo e troquei de elevador... espera todo mundo entrar de novo. Mas o último indivíduo, que depois descobri que também seria o último a descer, ficou bem na porta, com a mala atrapalhando o fechamento em todos os andares que o elevador parava (eram 14). Olhei pra baixo, meu relógio marcava 9:00 em ponto! E o meu desespero dizia: “Vai bater o ponto atrasada de novo, mesmo tendo chegado no horário”. E a ira começou a tomar conta pra amargar e apressar todo o resto do meu dia.
Mas me lembrei que um dia desses estava lendo a história das irmãs Marta e Maria. Marta era dedicada, porém sempre muito afobada com os afazeres. Maria, naquele momento, apenas aproveitava a oportunidade e contemplava Jesus. Isso me fez pensar, quantas vezes deixo de aproveitar momentos raros ou sublimes, porque estou apressada?
No caminho, passou uma revoada de maritacas, verdinhas, brincando, mas eu precisava bater o cartão. Alguns colegas estavam indo à padaria, rindo, conversando.. e eu passei por eles correndo e dei apenas um tchau, de longe, sem falar ao menos bom dia, porque eu precisava bater o cartão. Uma amiga querida de trabalho estava se aposentando e não dava pra tomar um café com ela, porque tinha muito trabalho e achava que não dava pra perder um minuto... E quantas outras vezes deixamos de aproveitar até mesmo a presença de Deus, porque estamos muito cansados ou ocupados? Quantas vezes levantei sem nem agradecer pelo dia? Saber que estava ansiosa me fez doer o coração.
De que adiantou o stress no caminho ou no elevador? Os minutos que perder ou atrasar no trabalho, posso sair um pouco mais tarde e compensar. Mas as pessoas, as horas e os momentos que perder da vida, esses não tem compensação. Eles são únicos.
Agora, a cada situação paro e penso: “Estou sendo Marta ou Maria?”.
“E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” (Lucas 10:38-42 - clique aqui)
Crônica por: Claudia Giron
Acho que nessa nossa vida agitada, nem sempre destinada ao trabalho, temos um pouco de Marta e de Maria... Poderiamos filtrar o melhor de cada uma delas para tentarmos ser um ser humano bem diferente...
ResponderExcluir