Notícias 35 - 03 de janeiro de 2012
Dançar por uma elevação espiritual, ou seja, para estar mais próximo de um deus, foi um dos primeiros motivos identificados na dança. Posteriormente foi um ato utilizado para anunciar as guerras e, mais tarde, passou a fazer parte de todo tipo de exteriorização emocional.
Não se pode afirmar com propriedade a data dessa origem. A dança é uma das primeiras manifestações artísticas e está presente desde que a humanidade começou a se organizar socialmente. O ato de dançar não foi criado por uma cultura ou inventado, é algo instintivo, seja para se comunicar, para se aquecer, representar tristeza, demonstrar alegria ou poder. Não há registros de nenhum povo que não dançasse. Por isso, há quem diga que “o homem já nasceu dançando”.
Dançar por uma elevação espiritual, ou seja, para estar mais próximo de um deus, foi um dos primeiros motivos identificados na dança. Posteriormente foi um ato utilizado para anunciar as guerras e, mais tarde, passou a fazer parte de todo tipo de exteriorização emocional.
O homem descobriu na dança uma forma de se expressar e, desde então, passou a utilizá-la como exercício físico, terapia emocional, ritos religiosos, representação de costumes culturais, indicador de alegria, etc. A partir da dança que se desenvolveram as diversas formas de representação teatral e de divertimento coletivo.
Os egípcios e os hebreus dançavam para fins sagrados. Já os gregos, utilizavam danças profanas para guerras e sentidos sexuais. Os romanos a concebiam como espetáculo e apenas os profissionais podiam praticá-la. Foi a partir do Renascimento que essa arte passou a ter aplicações meramente sociais com a finalidade de entretenimento, se desenvolveu e tomou grandes proporções.
Agora que você já aprendeu um pouco, deu para perceber que o fio que separa arte e religião é bem delicado e que existem vários sentidos no ato de dançar. Por isso, balance o esqueleto, mas tenha sempre muita atenção nos movimentos e no significado daquilo que está dançando. Fique ligado!
Numa resposta a um comentário de um leitor acerca a guirlanda, o amigo propõe que se prove pela BÍBLIA que a guirlanda deva ser utilizada pela Igreja na apresentação de Jesus e critica a comemoração do Natal pois é festa pagã. O amigo devia ser coerente também e provar pela BÍBLIA que a Igreja primitiva se valia da dança nas suas liturgias de culto e que Jesus era apresentado através da dança. O amigo pode provar isso pra nós leitores. Ou você gosta de mexer o esqueleto e então o que lhe agrada deve ser praticado, ainda que não tenha amparo escriturístico, e o que não lhe agrada, sai fora, porque não tem amparo na escritura. E então?
ResponderExcluirCaro leitor (a), agradecemos sua participação. De fato, Jesus não era apresentado através da dança, e isso não foi dito em momento algum nas matérias. Aliás, o artigo de dança também não se refere sobre a Bíblia. Mas, se vamos falar de Bíblia, foi muito bem observado que a igreja primitiva não instituiu a dança como ritual.
ResponderExcluirExistem vários questionamentos e respostas em seu comentário. Ele torna-se muito amplo na forma como foi colocado. Então vamos dividir pelas linhas que ele pode abordar:
Sobre a dança na Bíblia como um todo (seja no Velho ou no Novo Testamento): existem diversos textos que comprovam seu uso, sejam para adoração a Deus (Êxodo 15:20 | Salmos 149:3 | Salmos 150:4), seja como celebração a vitórias ou guerras (2 Samuel 6:14 | Jeremias 31:13 | Juízes 11:34) e também como instrumento de provocação sexual (Mateus 14:6 e Marcos 6:22). Ou seja, assim como tudo que o homem faz e que pode ser usado para benção ou maldição, a dança sendo expressão do homem, pode ser usada como adoração ou profanação. Ou ela não foi dada como expressão ao homem por Deus?
O livro de cantares, que reflete o relacionamento entre a noiva e o noivo, que analisando mais profundamente demonstra o amor de Deus para com o homem, também tem algum entendimento sobre danças. Logo podemos concluir que a dança tem sim uma conotação também na celebração da igreja quanto a adoração/celabração ao noivo.
Sobre a dança como instrumento na igreja primitiva: é fato que não há nenhuma prova de seu uso por Paulo durante suas viagens ou de Pedro instruindo passos de dança a serem utilizados, mas também não há provas do uso de aviões, televisão, do dízimo ou mesmo das reuniões em igrejas físicas como temos hoje. As igrejas eram em casas.
A Igreja primitiva estava mais preocupada com os resultados e a qualidade espiritual das pessoas. É por esse motivo também que o Novo Testamento vem quebrar os ritos, tradições e trazer não dogmas ou pragmatismo, mas maturidade espiritual e postura. O Velho Testamento traz as regras impossíveis de serem cumpridas pelos homens, e o Novo traz a graça. O próprio Novo Testamento (em 1 Coríntios 6:12 e 10:23) nos afirma que tudo nos é lícito (inclusive a dança), cabe a nós identificar e sermos sensíveis se a forma como estamos fazendo algo fere algum princípio de Deus. Diferentemente da guirlanda, que foi criada em símbolo e adoração a outros deuses e que fere diretamente o primeiro, dos 10 Mandamentos.
Fica a pergunta no ar, em qual princípio de Deus fere utilizar a dança como adoração a Ele?
Onde ou em qual momento ela está ferindo o respeito, temor ou sinceridade na adoração a Deus, quando feita com decência e sinceridade de coração?