Todos nós passamos a vida decidindo, escolhendo.
Escolhemos a melhor roupa para uma festa ou um evento
esportivo, escolhemos o que comer, nossos amigos, nossos
médicos, os programas de TV que mais nos agradam e assim por
diante.
Sendo assim, não seria IMPORTANTE parar e pensar na
ESCOLHA DA PROFISSÃO, uma vez que esta é, se não a mais
importante, uma das mais significativas de nossas vidas?
Será que paramos para pensar os motivos de nossas escolhas e
não‐escolhas? O que leva alguém a decidir por esta ou aquela
profissão?
A escolha é mais complexa do que parece, quando a
olhamos de perto. Ela é constituída por uma série de determinantes.
A profissão faz parte da vida das pessoas. Em geral, na
nossa sociedade, sua escolha se dá entre os 16 e 18 anos, quando
se termina o 3º ano do Ensino Médio. Portanto, o processo de
escolha profissional inicia‐se na adolescência, período de busca
de uma identidade própria, período de crises e questionamentos.
E quem é o jovem que necessita escolher? É alguém em
fase de transição entre o mundo infantil, até então bastante
conhecido e o mundo adulto, do qual ele tem algum conhecimento.
Seu comportamento é oscilante entre estes dois
universos. Imaturo para uma série de questões e às vezes
surpreendentemente maduro para outras.
Nessa fase de transição, são possíveis comportamentos
motivados por inseguranças e medos, numa tentativa de
autoafirmação. Pode rebelar‐se e enfrentar os mais velhos para
afirmar que pode, que sabe. Une‐se ao grupo de colegas e
amigos para ter mais força e apoio
emocional. Também pode ser utópico,
idealista, querer mudar o mundo, a
sociedade, o núcleo social em que vive, com ideias às vezes
mirabolantes.
Mas será que em meio a esse turbilhão de mudanças, é
possível parar para pensar nos motivos das escolhas? Um jovem
pode ir mal em “ciências” por estar brigado com sua mãe que é
“bióloga”, por exemplo. Ou pode escolher Engenharia por ir
bem em matemática e achar que isso é suficiente para desenvolver
bem uma profissão. Porém, ao ingressar na Universidade,
pode se dar conta de que é preciso mais do que gostar de
matemática para ter sucesso.
Com a falta de ligações entre as matérias ensinadas na
escola e a próxima, alguns jovens se perguntam: para que saber
tal coisa se nem sei no que vou usar? Assim, como deseja que
esse mesmo jovem estude com afinco para o Vestibular? E mais
ainda: estudar para o vestibular para qual profissão, se não sabe
QUEM ELE QUER SER? O QUE VAI FAZER?
Além de todas essas questões, ainda encontram‐se as
“pressões” familiares, as do seu grupo de iguais, as dele consigo
mesmo.
Resumidamente, a
escolha é uma
aprendizagem. Não nascemos sabendo escolher, mas aprendemos
a escolher de acordo com o desenrolar de nossas vidas, de
nossas relações com a família, colegas, professores, amigos,
mídia, etc. Só é possível escolher bem conhecendo os fatos que
nos levam a isso.
Uma pessoa só “escolhe bem” se puder levar em consideração
seus fatores internos, psicológicos, emocionais: sua história de
vida.
Nenhum teste vocacional por si só auxiliará a desvendar
este mundo interno de cada um de nós. Os testes já trazem
resultados prontos, engessados por uma época em que o mundo
profissional era mais estável.
Hoje, no século XXI, com as mudanças impostas pela era
da informação, novas tendências econômicas, novas relações
entre o homem e o trabalho, globalização, etc... Só é possível
escolher com mais precisão, passando‐se por um processo de
Orientação Vocacional.
Sensacional! As pessoas deveriam refletir mais sobre um assunto tão iumportante!
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