A “Lei seca” foi promulgada com o intuito de modificar alguns artigos do Código de Trânsito
Brasileiro, no que diz respeito à direção e o uso de álcool ou de qualquer outra substância que cause dependência.
Ano 4 - Revista nº 8 - Março 2013
Conforme se pode perceber, como
resultado do seu não cumprimento, não demorou muito para essa lei já ser
modificada por uma nova
lei de n° 12.760/12 e resolução n°432 do Contran, que a tornou ainda mais
rígida, onde suas principais mudanças foram:
A diminuição da margem de tolerância de álcool por litro de ar e nos casos dos exames de sangue, a tolerância se tornou zero não sendo permitida qualquer concentração de álcool.
A diminuição da margem de tolerância de álcool por litro de ar e nos casos dos exames de sangue, a tolerância se tornou zero não sendo permitida qualquer concentração de álcool.
Foram adotadas novas formas de comprovação de embriaguez, o valor da
multa passou de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 e em
caso de reincidência em até um ano, a multa é aplicada em dobro.
Assim como as demais,
esta lei tem o simples objetivo de organizar as relações na sociedade. O grande
questionamento não é acerca desta imposição legal e sim os motivos que a faz
existir. Vale a pena mesmo passar pelo crivo da Lei seca? Será que esse hábito é tão fascinante a ponto te expor a
certos riscos?
A ideia que se faz do álcool como produto estimulante é totalmente falsa, na
verdade a sensação provocada pelo álcool nada mais é que a diminuição da
inibição. O álcool é depressivo e a sua ação pode induzir ao sono.
A ação depressiva do álcool no cérebro e no sistema
nervoso central reduz a capacidade mental e física diminuindo a habilidade para
a realização de tarefas mais complexas como, por exemplo, conduzir um veículo
que requer habilidade, atenção e prudência.
Embora possamos encontrar milhares de motivos para
não permitir ou fazer o uso de bebida alcoólica, não existe previsão legal que
a proíba. Assim, o que deve ser individualmente questionado é porque e para que
ingerir bebida alcoólica?
Além dos fatores fisiológicos, nosso comportamento
também fica alterado, deve-se observar que na maioria dos casos a bebida se
torna uma válvula de escape e nos tornamos refém dela. Então, quando o time de
futebol perde ou ganha, bebemos. Quando começamos ou terminamos um
relacionamento, bebemos. Quando vamos comemorar alguma data alegre ou triste,
bebemos. Bebemos até quando muda a estação do ano ou para comemorar o
nascimento de um filho.
Tudo é lícito, mas nem tudo convém. Não é proibido
beber, mas o intuito para este ato guarda perigos. Será que realmente vale a
pena perder o autocontrole por conta de uma diversão que dura minutos?
Faça essa reflexão, veja os riscos e de fato você
chegará a conclusão de que é muito mais divertido viver sóbrio!
E para finalizar este artigo, veja algumas mentiras
acerca da bebida:
“Tomar um café
bem forte para quebrar o efeito do álcool"
Apesar de estimulante, o café de nada interfere nem tão pouco melhora o estado de embriaguez;
Apesar de estimulante, o café de nada interfere nem tão pouco melhora o estado de embriaguez;
"Tomar banho frio"
Água fria gera a sensação de "acordar" no instante da ducha. Os efeitos do álcool, porém, permanecem inalterados, uma vez que são internos;
Água fria gera a sensação de "acordar" no instante da ducha. Os efeitos do álcool, porém, permanecem inalterados, uma vez que são internos;
"Comer antes de beber"
Não importa a quantidade de alimento ingerido o álcool sempre produzirá alterações em sua percepção, ainda que você esteja bem alimentado;
Não importa a quantidade de alimento ingerido o álcool sempre produzirá alterações em sua percepção, ainda que você esteja bem alimentado;
"Tomar remédio para neutralizar o efeito do
álcool"
A ciência não conseguiu e muito provavelmente não conseguirá produzir qualquer droga que elimine os efeitos do álcool;
A ciência não conseguiu e muito provavelmente não conseguirá produzir qualquer droga que elimine os efeitos do álcool;
"Vou beber porque conheço o meu limite"
Ninguém está tão acostumado a beber a ponto de ficar livre dos efeitos do álcool. É difícil saber exatamente a hora de parar. Até porque a primeira função a ser comprometida pela bebida é a capacidade crítica;
Ninguém está tão acostumado a beber a ponto de ficar livre dos efeitos do álcool. É difícil saber exatamente a hora de parar. Até porque a primeira função a ser comprometida pela bebida é a capacidade crítica;
"Vou beber tal
tipo de bebida porque é mais fraca"
Não existem bebidas fracas. O que determina o estado de alcoolemia é a quantidade de álcool ingerido.
Não existem bebidas fracas. O que determina o estado de alcoolemia é a quantidade de álcool ingerido.
Que tal aproveitar a
deixa para trocar o velho ditado “Se for dirigir, não beba!”, por apenas “NÃO
BEBA”. Seu corpo, sua mente e a sociedade agradecem!
Fontes:
Ministério
da Saúde
Site do
Planalto
Senado
Federal
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