De tão gostoso, o sanduíche tem sala própria em museu, selo de qualidade para evitar ser confundido com seus "clones" e pedido de inclusão como Patrimônio Cultural no IPHAN
Revista 09 - Agosto de 2013
Hummm.. O que você acharia de comer um lanche considerado uma refeição saudável, bem balanceada do ponto de vista nutricional e com valor energético baixo: 306,56 Kcal? Depois que o queijo é derretido em banho-maria então, ai, ai, ai... esse valor se reduz ainda mais. Talvez seja o verdadeiro pecado da gula.
O sanduíche Bauru, está com mais de 80 anos (velhinho sim, mas em grande forma e muito atual, viu?), é detentor de fanáticos apreciadores em todo o Brasil e até no exterior e possui hoje diversas versões - algumas bem próximas da original, outras longe, muito longe mesmo - , assumindo características bem regionais devido à inclusão de vários ingredientes.
De tão gostoso e famoso, o sanduíche já tem sala própria em museu, selo de qualidade para evitar ser confundido com seus "clones" e pedido de inclusão como Patrimônio Cultural no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Tudo começou com um estudante bauruense de Direito que vivia na cidade de São Paulo, nos anos 30: Casimiro Pinto Neto. Casimiro era frequentador do famoso bar Ponto Chic, no Largo do Paissandú (está lá até hoje, meio caído mas ainda em funcionamento). Um dia, no final dos anos trinta (ninguém sabe precisar a data), Casimiro tomou contato com um livreto chamado " O Livro das Mãezinhas", uma daquelas publicações que, há décadas atrás, serviram para mudar o quadro da saúde pública brasileira.
O livreto foi escrito por Wladimir de Todelo Piza, naquela oportunidade, prefeito da cidade de São Paulo e, ensinava as mães a equilibrar a dieta de seus bebês. Casimiro se encantou com a forma didática com que Wladimir definia a combinação de proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas.
Numa noite, chegando ao Ponto Chic, o bauruense anunciou: "Hoje vou receitar um sanduíche saudável". E pediu ao sanduicheiro Carlos: "Abra um pão francês, tire o miolo e bote um pouco de queijo derretido. Falta um pouco de albumina e proteína: coloque umas fatias de rosbife. Agora falta vitamina. Bote umas fatias de tomate". E assim foi. Naquela época (e acho que ainda um pouco hoje em dia), era costume chamar as pessoas pelo nome da cidade de onde vinham. Casimiro ero "Bauru". O sanduíche despertou o apetite dos companheiros de mesa que logo pediram: "Fulano, me faz um igual ao do Bauru". Pronto! Nasceu o sanduíche de Bauru.
Com o tempo, o pessoal do Ponto Chic incrementou a receita, com pepino em conserva e uma combinação de queijos fundidos, e o Bauru se transformou num sucesso. Depois algum gênio financeiro resolveu baratear o sanduíche e fez aquela coisa de pão de forma, muzzarela, presunto e tomate. E um oréganozinho para disfarçar. Um Bauru esculachado, que ficou ainda mais popular.
Viu só? Num simples sanduíche, um exemplo de como a imaginação pode transformar o trivial numa inovação. Aposto que Casimiro Pinto Neto não tinha ideia de que estava criando um ícone da culinária nacional.
Agora é só correr ao mercado mais próximo, comprar os ingredientes e preparar essa maravilha! Bon appétit!
O sanduíche Bauru, está com mais de 80 anos (velhinho sim, mas em grande forma e muito atual, viu?), é detentor de fanáticos apreciadores em todo o Brasil e até no exterior e possui hoje diversas versões - algumas bem próximas da original, outras longe, muito longe mesmo - , assumindo características bem regionais devido à inclusão de vários ingredientes.
De tão gostoso e famoso, o sanduíche já tem sala própria em museu, selo de qualidade para evitar ser confundido com seus "clones" e pedido de inclusão como Patrimônio Cultural no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Tudo começou com um estudante bauruense de Direito que vivia na cidade de São Paulo, nos anos 30: Casimiro Pinto Neto. Casimiro era frequentador do famoso bar Ponto Chic, no Largo do Paissandú (está lá até hoje, meio caído mas ainda em funcionamento). Um dia, no final dos anos trinta (ninguém sabe precisar a data), Casimiro tomou contato com um livreto chamado " O Livro das Mãezinhas", uma daquelas publicações que, há décadas atrás, serviram para mudar o quadro da saúde pública brasileira.
O livreto foi escrito por Wladimir de Todelo Piza, naquela oportunidade, prefeito da cidade de São Paulo e, ensinava as mães a equilibrar a dieta de seus bebês. Casimiro se encantou com a forma didática com que Wladimir definia a combinação de proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas.
Numa noite, chegando ao Ponto Chic, o bauruense anunciou: "Hoje vou receitar um sanduíche saudável". E pediu ao sanduicheiro Carlos: "Abra um pão francês, tire o miolo e bote um pouco de queijo derretido. Falta um pouco de albumina e proteína: coloque umas fatias de rosbife. Agora falta vitamina. Bote umas fatias de tomate". E assim foi. Naquela época (e acho que ainda um pouco hoje em dia), era costume chamar as pessoas pelo nome da cidade de onde vinham. Casimiro ero "Bauru". O sanduíche despertou o apetite dos companheiros de mesa que logo pediram: "Fulano, me faz um igual ao do Bauru". Pronto! Nasceu o sanduíche de Bauru.
Com o tempo, o pessoal do Ponto Chic incrementou a receita, com pepino em conserva e uma combinação de queijos fundidos, e o Bauru se transformou num sucesso. Depois algum gênio financeiro resolveu baratear o sanduíche e fez aquela coisa de pão de forma, muzzarela, presunto e tomate. E um oréganozinho para disfarçar. Um Bauru esculachado, que ficou ainda mais popular.
Viu só? Num simples sanduíche, um exemplo de como a imaginação pode transformar o trivial numa inovação. Aposto que Casimiro Pinto Neto não tinha ideia de que estava criando um ícone da culinária nacional.
Agora é só correr ao mercado mais próximo, comprar os ingredientes e preparar essa maravilha! Bon appétit!
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