Eleita como uma das melhores praias do país, Porto de Galinhas foi palco de um cenário bem diferente antes de ser conhecida por suas belezas naturais.
Revista 09 - Agosto de 2013
Eleita como uma das melhores praias do país e o quinto local mais procurado por turistas no Brasil, Porto de Galinhas foi palco de um cenário bem diferente antes de ser conhecida por suas belezas naturais.
Situada a aproximadamente 53 km de Recife, até o ano de 1.850 a praia chamava-se "Porto Rico". Era uma região importante no extrativismo e exportação do Pau-Brasil e de comércio do açúcar bruto, fabricado em engenhos da cidade de Ipojuca.
O local servia de veraneio para senhores de engenho, mas após a lei que proibia o comércio de escravos, para fugir da fiscalização em Recife, começaram a utilizar o porto como ponto clandestino de recepção de escravos para o cultivo da cana-de-açúcar.
Os escravos vinham traficados da África nos porões dos navios, escondidos sob engradados de galinhas que, na época, era a comida predileta das cortes.
Para anunciar a chegada de novos escravos, adotaram o código "Tem galinha nova no Porto!". E daí a vila passou a ser chamada de "Porto de Galinhas".
Foi após os anos 60 que o balneário passou a ser muito visitado por turistas, em especial de classe média, e ganhou fama nacional e internacionalmente por suas belezas.
Graças ao desenvolvimento, do período da escravidão sobraram apenas a miscigenação e a "galinha", que virou mascote e uma simpática atração da região, presente nos artesanatos, decorações, ruas, etc.
Em memória ao tema, deixamos uma dica de vídeo que, embora não seja brasileiro, reflete a história e o arrependimento de um passado escravagista.
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