Notícias 21 - 27 de janeiro de 2011
[Crônica]
Por: Claudia Giron Munck é Bacharel em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, Pós-Graduada em Comunicação Organizacional e Relações Públicas.
Comunicativa, alegre, curiosa, criativa... desde a primeira consulta ao horóscopo não tive dúvidas: era de Gêmeos. Signo de ar, regido por Mercúrio, simbolizado pela asa nos pés, com espírito jovial e brincalhão, cheio de amigos. Essa era eu!
Aprovada na faculdade de Comunicação Social, pensei: Poxa, nasci na data certa. O fato de outros amigos de sala também serem comunicativos, alegres, criativos e de outros signos não importava. Para mim, publicidade era coisa feita por geminianos.
Tudo fazia sentido. Diversas vezes meu horóscopo dizia: “cuidado para não tropeçar ou enroscar o salto na calçada hoje”, e eu saía para trabalhar e não é que prendia o salto mesmo!? O fato de 99,9% das calçadas de São Paulo serem esburacadas e irregulares era irrelevante... o horóscopo é que previa muito bem, ainda que amigos jornalistas me dissessem que aquela seção era escrita por eles.
Só que agora esse tal Minnesota Planetarium Society bagunçou toda a minha existência. Segundo a descoberta dos astrônomos, sou de touro, não de gêmeos. Touro! Dominador, persistente, discreto. Hunf! EU QUERO SER DE OUTRO SIGNO! NÃO SOU DOMINADORA!!!
Depois da raiva inicial até pensei que poderia usar a imaginação geminiana para trocar de signo. Ops, mas isso não é nada taurino, então preciso segurar a criatividade. Uma confusão se instaurou. Porque todas as previsões, a personalidade, foram por água abaixo. A faculdade, a verdade, as calçadas, nada me havia feito enxergar, mas ser de touro a partir de agora, é de derrubar qualquer fé. Respirei fundo, balancei a cabeça e fui ler de novo o horóscopo, quem sabe pudesse aproveitar alguma coisa taurina?
E não é que, no fundo, eu tinha muito de touro mesmo? Aliás, de capricórnio, aquário, sagitário, libra... Todos combinavam com algo da minha personalidade. Desisto! Tenho que confessar que dessa vez me convenceram: estava condicionada a só me comparar com gêmeos, e descobri que na verdade, qualquer previsão poderia se encaixar comigo.
Ok, até que me sinto mais consolada. Pior é quem passou a vida toda achando que era de Escorpião e descobriu que nem signo tinha, pois na data que nasceram, o Sol apontava para uma constelação que os babilônicos não enxergavam quando inventaram a teoria dos signos.
Agora em vez de ler a coluna de horóscopo, vou ver a seção de economia do jornal. Porque se tempo é dinheiro, vou precisar de boas dicas econômicas para recuperar todo o tempo que perdi vendo bobagens.
Por: Claudia Giron Munck é Bacharel em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, Pós-Graduada em Comunicação Organizacional e Relações Públicas.
Comunicativa, alegre, curiosa, criativa... desde a primeira consulta ao horóscopo não tive dúvidas: era de Gêmeos. Signo de ar, regido por Mercúrio, simbolizado pela asa nos pés, com espírito jovial e brincalhão, cheio de amigos. Essa era eu!
Aprovada na faculdade de Comunicação Social, pensei: Poxa, nasci na data certa. O fato de outros amigos de sala também serem comunicativos, alegres, criativos e de outros signos não importava. Para mim, publicidade era coisa feita por geminianos.
Tudo fazia sentido. Diversas vezes meu horóscopo dizia: “cuidado para não tropeçar ou enroscar o salto na calçada hoje”, e eu saía para trabalhar e não é que prendia o salto mesmo!? O fato de 99,9% das calçadas de São Paulo serem esburacadas e irregulares era irrelevante... o horóscopo é que previa muito bem, ainda que amigos jornalistas me dissessem que aquela seção era escrita por eles.
Só que agora esse tal Minnesota Planetarium Society bagunçou toda a minha existência. Segundo a descoberta dos astrônomos, sou de touro, não de gêmeos. Touro! Dominador, persistente, discreto. Hunf! EU QUERO SER DE OUTRO SIGNO! NÃO SOU DOMINADORA!!!
Depois da raiva inicial até pensei que poderia usar a imaginação geminiana para trocar de signo. Ops, mas isso não é nada taurino, então preciso segurar a criatividade. Uma confusão se instaurou. Porque todas as previsões, a personalidade, foram por água abaixo. A faculdade, a verdade, as calçadas, nada me havia feito enxergar, mas ser de touro a partir de agora, é de derrubar qualquer fé. Respirei fundo, balancei a cabeça e fui ler de novo o horóscopo, quem sabe pudesse aproveitar alguma coisa taurina?
E não é que, no fundo, eu tinha muito de touro mesmo? Aliás, de capricórnio, aquário, sagitário, libra... Todos combinavam com algo da minha personalidade. Desisto! Tenho que confessar que dessa vez me convenceram: estava condicionada a só me comparar com gêmeos, e descobri que na verdade, qualquer previsão poderia se encaixar comigo.
Ok, até que me sinto mais consolada. Pior é quem passou a vida toda achando que era de Escorpião e descobriu que nem signo tinha, pois na data que nasceram, o Sol apontava para uma constelação que os babilônicos não enxergavam quando inventaram a teoria dos signos.
Agora em vez de ler a coluna de horóscopo, vou ver a seção de economia do jornal. Porque se tempo é dinheiro, vou precisar de boas dicas econômicas para recuperar todo o tempo que perdi vendo bobagens.
Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu! Amei essa matéria! Simplesmente sensacional. Parabéns!
ResponderExcluirAliciene