Notícias 13 - 15 de Setembro de 2010
Desde a propagação da Internet, em especial de sites e softwares de mensagens instantâneas, que especialistas discutem se a linguagem da Internet atrapalha o desenvolvimento dos alunos na escrita e na leitura.
Não precisa navegar muito pelas redes sociais ou por comentários em sites e blogs para encontrar erros absurdos de gramática e ortografia. A grande pergunta é: “a Internet é a vilã da Língua Portuguesa?”.
As opiniões se dividem. Parte dos especialistas acusa a modernidade e os novos meios de comunicação de prejudicarem o aprendizado e a escrita de crianças e jovens. Será? Outra parte de especialistas diz que não, que a Internet apenas explicitou um problema que já era antigo à tecnologia: a falta de qualidade no ensino.
A verdade é que o Brasil está cheio de analfabetos funcionais, ou seja, pessoas que “tecnicamente” aprenderam a ler e escrever, mas não o fazem com qualidade. Segundo a autora do livro “Leitura e escrita de adolescentes na Internet e na escola”, Maria Teresa de Freitas, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Internet, embora exponha o jovem a uma relação com a linguagem abreviada e rápida, acaba direcionando para outras leituras mais complexas e corretas, fazendo com que o jovem leia mais.
O paradoxo continua em debate. Mas uma coisa nós concordamos: não dá para colocar na conta da Internet a culpa dos problemas educacionais do país. Segundo a autora, uma solução possível seria as escolas orientarem os alunos de como usar a Internet com qualidade, ensinando a abreviar sem escrever errado. Bem coerente, né?
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